Controlo do estado dos sentidos

O maior problema ao depararmos, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, com muitas pessoas feridas é identificar as que estão desfalecidas. Em geral, a tendência natural é cuidar dos feridos que estão mais agitados ou dos que gritam de dor, que não são forçosamente os mais graves. É necessário, portanto, prestar atenção e observar rapidamente todos os feridos.

O estado dos sentidos aponta para as funções cerebrais e é um dado importante para avaliar as condições de um ferido. Este controlo fornece as primeiras informações, mas, a seguir, são necessárias outras que permitirão de acompanhar a evolução do estado dos sentidos. É necessário considerar outros elementos que devem ser comunicados ao médico: a hora em que apareceram as moléstias, quanto tempo duraram e se continuam ou não.

Como se controla o estado dos sentidos?

Após ter analisado as circunstâncias do acidente (queda, intoxicação, choque, fulminação…) é necessário averiguar que não haja hemorragias graves e avaliar o estado dos sentidos da vítima.

Controlar o estado dos sentidos

  • Falar com o ferido: “Está-me a ouvir? Como se chama?”;
  • Dar uma ordem qualquer, mesmo simples:
  • “Aperte a minha mão, abra os olhos”.

Se a pessoa responder ou obedecer à ordem, significa que não desfaleceu. É necessário então que seja monitorada para ter a certeza do diagnóstico. Se, pelo contrário, o ferido não responder, significa que perdeu os sentidos. Neste caso é necessário colocá-lo na posição lateral fixa e verificar que esteja a respirar bem.

Identificar os estágios de perda dos sentidos

No caso de um ferido desfalecido que respira há dois estágios:

  • se o ferido reagir à dor (provocada, por exemplo, por um beliscão nas costas) trata-se de desfalecimento superficial;
  • se o ferido não reagir à dor, a perda de sentidos é profunda.

Examinam-se então as pupilas que podem estar dilatadas, estreitas ou normais. Trata-se de uma informação importante que deve ser comunicada ao médico de maneira correcta. Além disso, é importante reparar em qualquer mudança das condições do ferido.

Identificar, se possível, as causas da perda dos sentidos

É necessário:

  • procurar elementos úteis perto da vítima (medica-mentos, produtos tóxicos…);
  • examinar cuidadosamente o ferido para identificar outros sinais (ferida, marcas de trauma craniano, suores frios…);
  • verificar se a pessoa tem nos bolsos um certificado ou uma receita médica;
  • falar com as testemunhas.

Todas estas informações, que serão dadas ao médico, podem ser fundamentais para estabelecer a causa do desfalecimento.