Plásticos – Cuidados que deve ter

Poucas substâncias são mais duradouras ou convenientes do que os plásticos, um material que assume todo o tipo de formas e consistências – da película aderente da cozinha ao vestuário super isolante de Inverno, dos capacetes dos ciclistas aos chapéus de espuma, em forma de fatia de queijo, para os ventiladores.

Os plásticos são um substituto inquebrável para o vidro das lentes dos óculos e biberões dos bebés e um substituto leve do metal nas canalizações de água. Contudo, apesar da sua segurança e conveniência, os plásticos podem expô-lo a substâncias químicas potencialmente perigosas.

Atenção ao PVC

O poli-(cloreto de vinilo) (PVC) é um plástico normalmente usado para fazer gabardinas, cortinados para chuveiros, cartões de crédito, canos, películas e colas. Contudo, estes artigos cobram-nos um preço – sabe-se que o vapor do cloreto de vinilo utilizado para produzir o PVC provoca o cancro. Um estudo sueco relaciona elevados níveis de exposição ao PVC a uma maior incidência do cancro dos testículos. Quando o PVC arde, emite vapores de ácido clorídrico que são tóxicos. A NASA baniu todos os produtos com cloreto de vinilo das suas naves espaciais. Nunca queime qualquer tipo de plástico.

Conhecer bem os vinilos

O que não é claro é se os plástico de vinilo é nocivos se utilizado em objetos do dia-a-dia. Os vinilos contêm compostos orgânicos voláteis (COV) que, em condições de calor e humidade, são por vezes libertados como vapores. Respirar os COV ou absorvê-los através da pele pode causar dores de cabeça, irritação dos olhos e garganta, problemas dos seios perinasais, fadiga, tonturas, náuseas, formigueiro nos membros, perda de equilíbrio e ritmo cardíaco irregular. Uma exposição prolongada a quantidades mais elevadas poderá provocar lesões nos pulmões, fígado ou rins, infertilidade e, possivelmente, até cancro.

Algumas pessoas são particularmente sensíveis aos COV, e não há ainda qualquer estudo sobre os efeitos que pode causar uma exposição prolongada a COV. As entidades de saúde dos EUA estão a investigar uma doença controversa, chamada sensibilidade química múltipla, que alguns médicos afirmam poder resultar de uma única exposição considerável aos COV ou a exposições acumuladas de níveis baixos.

Riscos na cozinha

O poliestireno é fabricado por aquecimento do estireno (vinilbenzeno) introduzindo gás numa substância plástica chamada estireno. O estireno é outro agente que provoca o cancro em animais e está associado a lesões nos nervos, fadiga e perda de memória. O poliestireno constitui a ameaça mais imediata em chávenas, copos e caixas de plástico para guardar alimentos. Alguns estudos indicam que alguns elementos do plástico podem infiltrar-se nos alimentos e bebidas quentes.

Outros plásticos utilizados para guardar alimentos são menos nocivos. A película aderente de cozinha e os sacos para o congelador são seguros – a não ser que sejam queimados, o que pode criar gases tóxicos. Os recipientes de plástico utilizados para guardar restos permanecem inertes desde que não contenham comida tão quente que os faça derreter – uma consideração importante quando se aquece restos no microondas. Nunca utilize um recipiente plástico sem a indicação “próprio para microondas”.

Proteção contra os plásticos

As pessoas que querem limitar a sua exposição aos derivados de plásticos devem tomar as bebidas quentes em recipientes de vidro ou de louça, e não em recipientes de poliestireno. Em vez de pendurar um cortinado de chuveiro de vinilo, utilize um cortinado têxtil ou instale portas de vidro em volta do chuveiro. (Se utilizar um cortinado de plástico, deixe-o arejar primeiro, até o cheiro a plástico desaparecer.) Não deixe o invólucro de plástico tocar nos alimentos quando o utilizar no microondas.