Radição em Exames Raio-X
Há mais de um século, o físico alemão Wilhelm Roentgen descobriu os raios X, e com isso revolucionou a medicina. Hoje, fazem-se anualmente milhares de milhões de exames médicos com raios X. Embora as pessoas se preocupem com informações que associam a exposição aos raios X ao cancro, a maioria dos médicos afirma que há pouco a recear se se tomarem as devidas precauções.
Raios de luz sobre os raios X
Os raios X são uma forma de radiação electromagnética. Quando se faz um exame médico com raios X, uma pequena quantidade de radiação passa através do corpo e é registada numa película ultra-sensível. Nas áreas onde a radiação é mais bloqueada — por exemplo, pelos ossos — produz-se uma zona mais clara da imagem na película. Esta imagem pode servir para inúmeros fins, desde revelar uma pneumonia até determinar se são necessários parafusos de metal numa fractura óssea. Com os clisteres opacos ou as injecções de contraste, ambos absorventes da radiação, os raios X podem assinalar um tumor no cólon ou uma obstrução numa artéria.
A quantidade de radiação necessária para uma imagem de raios X é muito pequena. Na verdade, os progressos dos últimos 50 anos reduziram o nível médio de exposição em quase 90%. Em 1930, por exemplo, os raios X ao tórax expunham-nos a uma dose de radiação de cerca de 1,6 milisievert; actualmente, a média é inferior a 0,2 milisievert. Os especialistas dizem que as pessoas podem receber até 50 milisievert anualmente sem o risco de efeitos adversos.
O problema é que a exposição à radiação é cumulativa, e os raios X que recebemos nos exames médicos não são a única fonte de radiação na nossa vida. Estamos expostos a uma média de 3,6 milisievert por ano, a maior parte proveniente da Terra, da atmosfera, do nosso corpo e mesmo do espaço exterior. Apenas 15 a 20% provêm de fontes artificiais, incluindo os raios X e os medicamentos radioactivos utilizados na medicina nuclear. Uma radiação excessiva pode causar alterações genéticas nas células do seu corpo, podendo até originar o cancro. Mantenha um registo escrito de todas as exposições aos raios X a acompanhar as películas.
Reduzir a exposição aos raios X
Felizmente, a maioria dos médicos está consciente dos inconvenientes de uma exposição excessiva, e por isso os doentes não são submetidos a testes desnecessários. Mesmo assim, fale com o seu médico sobre outras opções de imageologia quando possível. A tomografia axial computorizada (TAC) e a fluoroscopia utilizam os raios X, mas as ecografias e a ressonância magnética nuclear (RMN) não utilizam radiação.
Evitar os raios X
Uma vez que a exposição excessiva aos raios X pode ter efeitos nocivos prolongados, pergunte ao médico se é absolutamente necessário fazer o exame. Ao aplicar raios X ou radioterapia, os técnicos protegem as partes do corpo não implicadas no processo, tapando-as com uma protecção de chumbo. As mulheres grávidas são aconselhadas a evitar os raios X, se possível.
Comentários